O PAÍS DOS PALHAÇOS ONDE CHORAM…. OS PALHAÇOS

22/08/2010

A Passeata que houve no Rio de Janeiro hoje, dia 22 de agosto, chamada Humor Sem Censura, marcou mais uma reação da classe artística nacional a uma onda de nostalgia à censura, que muito mais do que o pesadelo de se retornar às travas e focinheiras ditatoriais, teme-se também que nem se lembre mais ou pior, desconheça-se completamente o que significa a censura.

A censura é dos mais grotescos e, por isso mesmo, dos mais eficazes modos de controle político da sociedade, através do controle de informações de uma maneira geral, uma vez que não só limita a liberdade da veiculação da criação, como no caso deste texto, mas denigre e degenera todo o desenvolvimento crítico a partir da recepção do conteúdo informacional, transformando-o, deformando-o e, em casos mais extremos, eliminando-o por completo.

O circus da arte aproxima muito o povo ao circus da política, porque aquele visita este por meio da crítica, acabando por educar e informar muito mais através dos seus horários e propósitos próprios do que aquele noticiário pesado, do horário regular, em que a maior parte da sociedade economicamente ativa está presa em algum trânsito ou prédio, sem assisti-lo, inclusive.

A censura deve existir, com certeza, mas a partir de um envolvimento natural da resposta social ao que seja considerado ruim em termos de conteúdo informativo; não atingindo a liberdade de criar, mas atingindo o limite da criação do autor, ninguém censura, só a vontade daqueles a quem a mensagem se destina. É sim, bom censurar certos comportamentos políticos, que para mim soam muito mais pornográficos e ofensivos à minha família do que o escracho à ética corrompida e, hipocritamente, protegida por uma lei. Aliás, seria bom censurar esta lei, pra variar. Por que não?!

Abraços,

Felipe Diniz

A Passeata que houve no Rio de Janeiro hoje, dia 22 de agosto, chamada Humor Sem Censura, marcou mais uma reação da classe artística nacional a uma onda de nostalgia à censura, que muito mais do que o pesadelo de se retornar às travas e focinheiras ditatoriais, teme-se também que nem se lembre mais ou ainda mais, se desconheça completamente o que significa a censura.

A censura é dos mais grotescos e, por isso mesmo, dos mais eficazes modos de controle político da sociedade, através do controle de informações de uma maneira geral, uma vez que não só limita a liberdade da veiculação da criação, como no caso deste texto, mas denigre e degenera todo o desenvolvimento crítico a partir da recepção do conteúdo informacional, transformando-o, deformando-o e, em casos mais extremos, eliminando-o por completo.

O circus da arte aproxima muito o povo do circus da política, porque aquele visita este por meio da crítica, acabando por educar e informar muito mais através dos seus horários e propósitos próprios do que aquele noticiário pesado, do horário regular, em que a maior parte da sociedade economicamente ativa está presa em algum trânsito ou prédio, sem assisti-lo, inclusive.

A censura deve existir, com certeza, mas a partir de um envolvimento natural da resposta social ao que seja considerado ruim em termos de conteúdo informativo; não atingindo a liberdade de criar, mas atingindo o limite da criação do autor, ninguém censura, só a vontade daqueles a quem a mensagem se destina. É sim, bom censurar certos comportamentos políticos, que para mim soam muito mais pornográficos e ofensivos à minha família do que o escracho à ética corrompida e, hipocritamente, protegida por uma lei. Aliás, seria bom censurar esta lei, pra variar. Por que não?!

Abraços,

Felipe Diniz